Não eram ovos, eram cadáveres
Todos os dias nós, a classe média branca, renovamos os votos com o pacto colonial
Ontem era o “dia do índio”, e Geni Nunes fez um post falando sobre como brancos podem ser aliados na luta antirracista: não como salvadores, mas como traidores do pacto colonial. Eu nunca tinha chamado assim, mas essa é uma boa definição para o meu horizonte de ação pessoal: eu quero trair o pacto colonial — que é absolutamente nocivo não apenas para a maior parte da população deste país mas para a Terra (ou seja, para todas nós). E o que é o pacto colonial?
Alessandra vive na Guarda do Embaú, em Santa Catarina, com o cachorro Heitor e os cinco gatos. É mestranda em Nutrição em Saúde Pública na USP. Escreve sobre agroecologia e sistemas alimentares e dá oficinas de horta caseira, compostagem doméstica e alimentação política. Em 2017 viajou pela América Latina em busca de projetos de permacultura e agricultura urbana, e em 2020 publicou O Chão que me Fez, relatando a viagem. Está lançando seu segundo livro, Todos os cachorros que eu abandonei, através de uma campanha de financiamento coletivo. Segue no Instagram @alenahra para ver os bichos, as plantas, as pedras; os bióticos e abióticos tudo.